sábado, 8 de agosto de 2015

Você está preparado para a chuva?



Aviso: este artigo não é descritivo, nem é teórico. Este artigo é prático e tem, também, o objetivo de despertar sua reflexão.
Você já deve ter lido, ouvido ou até mesmo escrito:
- “TI é Commodity.”
- “Não se alinha TI aos negócios.”
- “Basta TI manter a roda girando que ficam todos felizes.”
- “TI bom é TI que não é lembrado.”
Estes pensamentos não são novos, assim como as tendências de outsourcing, terceirização, consumerização, computação nas nuvens, industrialização dos serviços, comoditização, e muitas outras que embarcam na premissa de que tecnologia é meio para entregar metas de negócio e não a missão ou objetivo do negócio, em si mesma. Mesmo antiga, esta discussão continua sendo controversa e atual.
Artigos famosos já falaram sobre o tema. O velho e sempre lembrado “IT doesn´t matter“, de Nicholas Carr, por exemplo.
A inflamação toda em torno deste tema, é, em minha opinião, semântica irrelevante. Desvia do objetivo dos autores dos artigos do gênero, que na verdade, alertam para uma necessidade de mudança cultural na forma com que tratamos tecnologia e não objetivam contestar o valor da tecnologia ou dos seus profissionais, dentro do negócio. Ao analisar TI como equipamentos utilizados pela empresa para entregar os seus produtos e serviços, convenhamos, não faz mesmo sentido alinhar, integrar, atrelar, relacionar, o valor da máquina ao valor dos negócios, pois, realmente, não se alinha infraestrutura de TI aos negócios, se consome. E neste enfoque, TI é um centro de custos. Um centro muito mal utilizado.
- Mande a nossa roupa suja para ser lavada nas nuvens, a chuva lava melhor que a TI, diria um executivo descontente com o cheiro de sua roupa.
Quando TI se comporta como uma lavanderia, lavando e sujando a própria roupa, TI não está levando valor para a organização e a organização não está sabendo obter o valor que poderia, da tecnologia. Desta forma, assim como terceirização da equipe e processos de suporte/entrega de tecnologia, contratar computação nas nuvens é a primeira e única escolha mais sensata para atingir os objetivos do negócio com segurança e produtividade.
A reflexão é antiga, e nestas condições, certamente os DEPARTAMENTOS DE TI saem perdendo. Mas… existem aqueles departamentos de TI que não lavam mais a própria roupa suja, passaram a lavar roupa dos outros, a roupa dos executivos. Há, ainda, aqueles departamentos de TI que inventaram novas formas de lavar a roupa… estes, não são meras comodidades.
Alinhar o Gerenciamento de Tecnologia da Informação, considerando mais do que máquinas ou datacenters, aos negócios, dá então passagem para o novo termo: integração com os negócios…
Certamente, as nuvens não agem de maneira integrada aos negócios das empresas…
Claro, o que puder ser lavado nas nuvens e na chuva (normalmente pano de chão) pode ser levado para as nuvens e para as chuvas… Mas… Dúvido que minha mãe se contente em lavar o cachecol que minha avó fez para ela, na chuva…
Na comparação, o cachecol que minha vó fez para minha mãe é a informação… A chuva, é a computação nas nuvens, substituindo a lavanderia.
Bom, quem está na chuva, é para se molhar… então tragam o caminhão pipa, pois quando as chuvas pararem, precisaremos de mais água… Mas esperem as chuvas pararem, pois neste verão, já choveu muito.
E por falar em chuva, você saberia me dizer se as últimas tempestades afetaram a produtividade ou trouxeram perdas para sua empresa?
Enquanto ficamos na discussão semântica, não encontramos boas soluções…
…bom, deixa eu ir que esqueci o meu guarda-chuva.
Um grande abraço de reflexão